Nos dias 22 e 23 de fevereiro, o Santuário Diocesano de Nossa Senhora Consoladora, em Ibiaçá, viveu a 73ª edição da Romaria Diocesana em honra de Nossa Senhora Consoladora dos Aflitos. Este grande momento de fé e esperança, reuniu milhares de fieis de vários lugares do Brasil e do exterior. O pároco e reitor, padre Felipe Carra, reflete de forma poética, como foi a Romaria.
“Éramos uma porção da lgreja de Cristo, peregrinos de esperança. Como homens e mulheres de fé, estávamos em Ibiaçá, lugar escolhido por Deus para edificar um santuário dedicado à Maria, a Mãe Consoladora.
Éramos um povo romeiro que, a exemplo do povo da Bíblia, caminhava com Deus em busca de vida plena; com coragem e fé, para construir um mundo melhor.
Éramos um povo que acolhe, reza e vive o legado do Papa Francisco, com sua proposta de Igreja sinodal, aberta, fraterna, misericordiosa e acolhedora. Berço da esperança.
Éramos um povo que celebra no Espírito, seguindo a fonte do Concílio Vaticano II, o grande pentecostes da Igreja, reacendendo a chama da missão/participação e acolhendo a realidade concreta do povo.
Éramos um povo que acredita no protagonismo da juventude, na força da missão em pequenos grupos, na transformação que só a formação consciente da fé pode trazer; no encontro como Cristo possibilitado pelo processo de Iniciação a Vida Cristã.
Éramos um povo caminheiro, vivendo a penitência, querendo seguir a quaresma, tempo de renovação e conversão; tempo favorável para abrir o coração a Deus e seguir sua Palavra.
Éramos um povo em oração, em comunhão; enraizado na fé pela força de Maria. Fortalecendo a ação evangelizadora no compromisso com uma ecologia integral.
Éramos um povo mariano que tem um profundo amor à Virgem Maria, e que atende ao seu pedido de fazer tudo o que seu Filho ensinar.
Éramos um povo que em romaria agradeceu a Deus o dom de ser batizado, de ser membro de uma comunidade de fé, e com Cristo, viver as alegrias e esperanças, as tristezas e as angústias dos homens de hoje, sobretudo dos que sofrem.
Éramos um povo que estava em lbiaçá para rezar, cantar, agradecer, pedir e continuar escrevendo essa história de graça em seus 73 anos.
E agora, somos um povo que quer continuar fazendo romaria, caminhando como lgreja, como comunidade viva. Esperando e rezando, como em Pentecostes, para que o Espírito Santo de Deus nos reúna novamente em 2026.”



TEXTO: Pe. Felipe Carra
FOTOS: Matheus Pellin